O dia em que eu te vi
Dia 19 de dezembro de 2021, às 20h15. Foi nesse exato momento que conheci essa mulher.
O lugar, confesso, não foi a melhor escolha. Mas era a opção mais próxima para ambos, numa noite de domingo.
Quando cheguei ao bar (cujo nome nem vem ao caso) eu estava tomado por uma ansiedade imensa. Era como se o Destino quisesse me pregar uma peça. Já havíamos conversado antes, quase um ano atrás, pelo Tinder. Segundo ela, o celular tinha estragado e ela acabou perdendo o contato. (Nunca acreditei muito nessa história, confesso... rsrs). E agora eu estava ali, naquela avenida, numa noite amena, com o céu repleto de estrelas.
Eu tinha dito a ela que, quando a visse, sairia beijando. Ela riu e disse que duvidava.
Quando chegou e desceu do carro, percebi que era ainda mais linda do que nas fotos, e olha que, nas fotos, ela já era linda. Ela veio devagarinho. Peguei em sua mão e, com a outra, segurei sua cintura. E então nos beijamos. Ali, naquele instante, o meu mundo simplesmente parou.
Foi como se eu tivesse atingido o zero absoluto. Todo movimento atômico cessou. Um leve tremor percorreu o meu corpo. Eu estava realizado. Eu estava feliz por ter me apaixonado.
Entramos no bar. Sentamos num cantinho, e ali conversamos, nos beijamos, comemos, bebemos, rimos bastante.
A única coisa que me chamou atenção, além dela, foi observar os homens de um lado, as mulheres de outro, dançando num ritmo meio abstrato ao som da música. Mas eu estava ali, ao lado dela, segurando sua mão, sentindo o perfume levemente doce que ela usava. Eu me senti especial por estar com ela.
Na volta, ela me deu carona. E eu não sabia ao certo se estava imensamente feliz por ter estado com ela ou triste por ter que deixá-la ir. Só sabia que queria estar com ela, o mais rápido possível.
Como eu fiquei feliz por te conhecer Camila.
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