Poema árabe
Passo pelas casas de Layla,
Beijo esta parede e aquela.
Mas não amo as paredes em si
Amo quem morava nelas.
Seu nome ecoa em minha alma
Como vento entre as dunas.
Mesmo o silêncio grita "Layla"
Quando a noite se aproxima.
Vi seu rastro na areia,
E caí de joelhos, em oração.
Cada grão era um verso seu
Escrito pelo céu e pelo chão.
Me chamam de louco, perdido,
E talvez eu seja, sim.
Pois que é a razão diante do amor
Que arde inteiro em mim?
Não preciso do mundo,
Se ao menos posso te lembrar.
Em cada sonho, em cada dor,
Continuo a te amar.
E se me perguntarem por que vaguei,
Pelos desertos, só, sem par...
Direi: "Fui atrás do que sou,
E sou o que não posso alcançar."

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